“(…) – Ouve, eu também acho que o destino tem alguma influência nos acontecimentos. Vejamos, sou atriz, e ainda por cima de Shakespeare. Mas o destino não pode ser a força diretora da nossa vida. Temos de ser nós a conduzi-la. E de facto estamos a ter esta conversa porque o meu carro, (…) teve uns problemas mecânicos. Mas tu pediste-me boleia, tu convenceste-me a dar-te boleia, e com esse gesto puseste definitivamente em causa a tua teoria. Isso foi um ato de pura vontade, Willem. Às vezes, o destino, ou a vida, ou o que quer que lhe queiras chamar, deixa a porta um bocadinho aberta e a pessoa entra. Mas doutras vezes tranca a porta e temos de ser nós a encontrar a chave, a dar a volta à fechadura com um gancho, ou a arrombar a porcaria da porta. E doutras vezes nem sequer nos mostra a porta, temos de ser nós a construí-la. Mas, se continuas à espera que as portas se abram à tua frente… - E cala-se, deixando a coisa no ar.
- O que é que acontece?
- Acho que vais ter muita dificuldade em encontrar a felicidade, ainda por cima se a querer em dose dupla.”
- Apenas um ano, Gayle Forman